sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nada mais que passado

E esse ano eu decidi viver em paz.

Tem coisas que não vale a pena tentar, simplesmente ignorar.
Não confunda a minha intolerância e a minha sinceridade com grosseria.
Ou confunda, não me importa.
Não sou de sorrir sem vontade, na falsidade.
Muitos não entendem o meu jeito de ser ou até mesmo de viver.
Nunca pedi pra entender.
Ao meu lado eu mantenho aqueles que não precisam de explicação.
Não preciso de uma multidão.
Somente daqueles que desejam ficar.
Sem pedir pra ficar.
Somente ficar.

O meu mundo é o meu mundo.
Diferente do mundo da maioria.
Do seu mundo não faço parte.
Respeito, mas já não mais.

As palavras atiradas, as fofocas e intrigas, são jogadas ao vento, sem me atingir.
Estou num nível acima disso.
Num passado distante, eu dava importância e até sofria.
Hoje já não mais.
Eu aprendi a viver.
Eu aprendi a lidar.
Aprendi a não me importar.

Espalhe o que queiras.
Eu não me igualo.

Da minha boca não sairá um pio.
Ficou no passado, enterrado.
Me perguntes sobre e eu me farei de desentendida.

Morreu.

Poly Uno -

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Direitos Humanos

No dia de hoje, eu tive um momento muito desagradável.
Há 2 anos e meio, eu mudei de apartamento e consequentemente as crianças foram transferidas para uma escola mais perto.
O horário escolar é das 8:30 às 15, 16h dependendo da série.
Para os pais que trabalham além desse horário, existe um clube onde as crianças ficam depois da escola até 19:30.
Pois então... Meu filho foi transferido para outro clube também.
Desde o começo eu nunca me senti bem vinda pelos responsáveis dessa "escolinha".
Não sei se eles têm algum preconceito com estrangeiros, mas eles sempre me olhavam meio torto, não eram muito simpáticos, o que eu estranhei muito já que todos os japoneses são exageradamente simpáticos e educados.
Até ai tudo bem, não ligo e nem tenho a necessidade de ser sempre bem atendida e recebida.
Até o dia em que fui buscar o João e não sabia que o pagamento era adiantado.
Pois bem.
Eu disse que iria até o banco buscar o dinheiro e já voltava. Se eu não me engano, foi no primeiro dia.
E eu fiquei esperando o João.
Ai aconteceu algo que eu não esperava:
 - Quando você voltar com o dinheiro, você leva o seu filho embora.
Eu fiquei sem reação, me pegaram desprevenida, não consegui processar direito a situação e fui ao banco buscar o dinheiro.
No caminho, conforme a ficha foi caindo e a impotência de não saber responder à altura por conta do idioma, eu comecei a chorar.
Eu moro há muito tempo no Japão e eu nunca me senti tão ofendida na minha vida.
Ninguém havia me afetado dessa forma até esse dia.
Bom, fui ao banco, voltei, respirei fundo, limpei as minhas lágrimas e engoli a revolta e todo aquele sentimento, desci do carro e cheguei muito simpática, educada, fiz o pagamento e peguei o João.
Eu chorei muito! Quanto mais eu chorava, mais eu me revoltava com essa situação.
Eu não podia fazer nada (achava eu) eu dependia daquele clube, já que não tinha com quem deixar as minhas crianças.
E foi assim durante um mês, eu sempre muito educada e simpática ao buscar o João.
Não demonstrei que isso me afetou, não dei esse prazer a ele.
Depois de um mês eu mudei de serviço e não precisava mais que o João ficasse lá, já que os meus horários foram trocados.
Até o dia de hoje.
Fui na prefeitura e eles conseguiram duas vagas a partir de abril.
Mas eu precisava ir até o clube pra pegar toda a documentação e preencher direitinho.
Cheguei lá, me apresentei formalmente e educadamente como sempre.
Primeiro que não me convidaram a entrar, fiquei na sapateira.
Segundo que ela veio me dizendo que como eu havia tirado o João antes de completar um ano, agora seria difícil matriculá-lo novamente.
Tudo bem, até ai estava indo tudo muito bem, tudo muito civilizado.
Até chegar o Sr. Educação!
Mais uma vez foi grosso e rude, me fazendo sair de lá mais uma vez ofendidíssima a ponto de eu me encontrar em lágrimas AGAIN!!!
Durante a minha vida inteira, eu passei por dois momentos de humilhação e pela mesma pessoa.
Sim, já teve outros casos de preconceito e tal, mas nada que conseguisse me atingir e me diminuir dessa maneira.
Quem me conhece sabe que eu não sou de chorar e muito menos de me ofender por qualquer coisa.
Muito pelo contrário, eu sou muito tranquila, muito sossegada.
Mas aquele olhar dele de superioridade, de tipo "sou melhor do que você, seu verme estrangeiro, o que está fazendo no meu país" foi de matar.
Geralmente eu não ligo pra esse tipo de coisa. De verdade mesmo.
Esse tipo de coisa não me atinge, já que toda forma de preconceito é burra e ignorante.
Mas esse cara, eu torno a repetir, conseguiu me atingir.
O que me levou de volta à prefeitura e denunciar no departamento de Direitos Humanos.
Nesse momento ele já foi notificado.
Informaram que não se deve segurar uma criança como refém em hipótese alguma e a não maltratar/ofender/humilhar  nenhum estrangeiro ou qualquer outra pessoa.
Eu não vou mais matricular os meus filhos nesse clube.
E se por acaso eu encontrá-lo em qualquer outro lugar e ele me ofender mais uma vez, eu irei processá-lo.

Agora me pergunto: O que passa na cabeça de um "ser humano" desses?
Quem ele acha que é pra se achar melhor do que eu?
Eu sou estrangeira e vivo no país dele, sim.
Mas isso não justifica ele me tratar como se eu fosse um animal.
Eu sou um ser humano assim como ele. Aliás, eu sou muito mais humana do que esse ser.
Eu pagava o mesmo valor da mensalidade assim como todos os pais japoneses.
Meu filho estuda na mesma escola que todas aquelas crianças.
Qual é a diferença?
Eu sempre fui muito bem educada, principalmente com mestres e educadores, já que eu os respeito muito.
Sempre quis dar um bom exemplo como estrangeira, justamente pra evitar preconceito ou qualquer tipo de maus tratos com os meus filhos.
Mas não adianta. Esse tipo de gente existe em todos os lugares.
Muito mais do que gostaríamos que existisse.
Se eu tivesse dado motivos, ainda seria mais compreensível, mas mesmo assim injustificável.

Fica ai a dica para todos os estrangeiros que sofrem ou sofreram qualquer tipo de humilhação, preconceito ou danos morais: DENUNCIEM!
Todos têm esse direito!

Logo depois, estava eu fazendo uma busca de emprego e a tradutora me disse:
 - Tem algumas empresas que não contratam estrangeiros.

Sim, eu já sabia disso. Mas por ter acabado de passar por aquele momento infeliz, me deu vontade de chorar de novo. E tudo culpa da atitude daquele japonês.
Eu sei que eu vou superar isso e que logo vai passar.
Mas ninguém deveria passar por isso e, de agora em diante, seja quem for, eu irei denunciar.

Independente se gosta ou não da pessoa, educação deve estar em primeiro lugar. Sempre!
Eu não admito e ninguém deve admitir esse tipo de comportamento.
Principalmente quando não damos motivos e nunca tratamos ninguém mal.
Respeito é bom e todo mundo gosta!

Me contem se vocês já sofreram algum tipo de preconceito e como foi =)

Poly Uno -


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Fated to meet you, Raphael Angelo.


Um ano.
Há um ano você se foi.
Há um ano o meu chão se abriu e meu mundo desmoronou.
Há um ano eu senti a maior dor da minha vida.
Há um ano eu me desesperei sem você e me senti perdida.
E nesse um ano eu venho caminhando.
Tentando.
Buscando.
Me reergui e cai muitas vezes.
Meu coração foi consolado mas também foi tomado de revolta de novo.
Teve vezes que eu entendi, teve vezes que não quis entender.
Passei dias de dor insuportável, assim como tive meus momentos alegres.
Chorei noites seguidas sem você ao meu lado.
Chorei dias seguidos dirigindo sem você ao meu lado.
Chorei em todas as primeiras vezes sem você.
Chorei ao comer chocolate sem você, chorei ao assistir o novo episódio de The Walking Dead sem você, chorei em todos os kyukei sem você.
Fiquei dias sem voltar para casa e chorei ao chegar e encontrar tudo o que era seu, tudo o que te pertencia.
Chorei desesperadamente na primeira manhã sem você.
Fiquei sem comer e sem dormir durante dias.
Não tive vontade de viver.
Deixei sua camiseta estendida na minha cama durante um tempo, e sentia o seu cheiro todos os dias.
Não tive forças de tirar suas fotos do quarto e talvez nunca terei, e nem quero.
Li e reli sua carta milhões e milhões de vezes.
Assisti e continuo assistindo os seus vídeos com um aperto enorme no coração, com uma saudade tão grande e lamentando por você ter ido tão cedo.
Foi um ano de muito sofrimento.
Não sei se posso dizer que superei, que me consolei.
Afinal, eu penso em você todos os dias.
Eu vejo e sinto você em absolutamente tudo.
Você foi o amor da minha vida.
Tão parecido comigo em tudo.
Você era eu e eu era você.
Perder você me afetou tão profundamente, que só Deus, apenas Deus sabe as sequelas que ficou.
Abalou o meu sistema nervoso, meu  emocional, meu equilíbrio e medo constante de perder mais alguém.
Mas eu busquei outra forma de viver.
Criei um sistema pra fugir dessa triste realidade, afinal, tenho dois pequenos que dependem de mim.
E posso dizer que eles são a minha força.
Eu tentei viver como se nada tivesse acontecido.
Como se você apenas tivesse partido.
Porque se eu continuasse a sofrer daquela forma, Deus sabe, eu não teria conseguido.
Mas hoje estou aqui, te homenageando mais uma vez e assim sempre farei.
Hoje o dia foi difícil, com todas as lembranças desse dia, com tudo o que passei ao seu lado, tudo voltou.
Mas eu prometo que esse ano vai ser melhor.
Esse ano eu irei levantar a cabeça e enfrentar como eu ainda não consegui.
Tenho fé que vou conseguir.
E eu sei que você sempre estará ao meu lado, torcendo por mim.
Te amo eternamente.
Fated to meet you, Raphael Angelo.

Com amor, sua nega.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Receitinhas Valentine's Day

Para os amantes e apaixonados, está chegando uma data muito especial e "gostosa", já que muitos presenteiam os seus queridos e também seus colegas com muitos chocolates.
Dia 14 de fevereiro é o dia da mulher presentear e foi pensando nas mulheres mais românticas, que eu resolvi passar duas receitinhas deliciosas!

BROWNIE 

MODO DE PREPARO

No fogo médio, derreta a manteiga e logo em seguida adicione o açúcar e vá mexendo até dissolver bem. Desligue o fogo e coloque os dois ovos já batidinhos.
Não esqueça o fogo ligado para não correr o risco de cozinhar os ovos.
Mexa bem e adicione o chocolate amargo. Reserve.
Em uma tigela, peneire a farinha e o achocolatado. 
Logo em seguida, jogue a calda de chocolate e misture bem.
Por último adicione as nozes picadinhas e o chocolate em gota.
Eu untei a minha forma de coração apenas com manteiga.
Leve ao forno por cerca de 20 minutos a 180 graus.

Pra quem fica meio perdida nos mercados japoneses, eu usei essas nozes e as gotas de chocolate da mesma marca.


O brownie depois de pronto.


E o brownie decorado com nozes.


CHOCOLATE FONDANT

MODO DE PREPARO

Derreta o chocolate amargo e a manteiga em banho maria. Reserve.
Em uma tigela, misture os ovos e o açúcar.
Antes de adicionar a calda de chocolate, verifique se não está quente a ponto de cozinhar os ovos.
Em seguida, peneire a farinha e o achocolatado por cima, misturando tudo muito bem.
Unte as forminhas de papel apenas com manteiga.
Leve ao forno por cerca de 13 minutos a 170 graus. 
Com essa mistura, eu enchi os 3 potinhos quase até a boca.



Se você quiser que ele fique mais cremoso, deixe em torno de 10 minutos no forno.
Decore como quiser =)
Com calda de chocante deve ficar muito bom e muito lindo também.

 

Pra finalizar, decorei com chantilly e morango.
Materiais que comprei e usei do ¥100.







 

Assista o vídeo 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Prós e contras de morar no Japão

Primeiramente gostaria de esclarecer que esse é o meu ponto de vista. =)

Vantagens em morar no Japão
Vou começar falando da segurança, já que é um dos itens mais importantes, na minha opinião.
Imagine você indo a um supermercado, loja de conveniência (tem uma a cada esquina, como se fosse a padaria do Brasil), banco, farmácias ou em qualquer outro lugar, mas está com pressa, coisa rápida, sabe? E lá fora fazendo aquele frio ou um calor insuportável e você quer deixar o carro ligado pra manter o seu carro quentinho/geladinho e com a chave na ignição. Isso mesmo. Entra no estabelecimento rapidinho, compra ou faz o que tem que fazer e sai. Pode acreditar, mas o seu carro ainda vai estar lá. E sabe aquela bolsa que você deixou no banco da frente? Por incrivel que pareça, ela estará INTACTA!
Pois é, meu amigo. Essa é a tal da segurança que eu e todos os brasileiros que aqui residem, aplaudimos em pé. E olha, foi fácil de se acostumar, viu! Não tivemos nenhum problema com isso. rsrs
Logicamente que há pouquissimos casos em que levaram o carro ou a moto, mas muito raramente isso acontece.
Eu só não deixo a chave na ignição quando eu deixo as crianças dentro do carro e vou comprar algo bem rapidinho no kombine (loja de conveniência). E tranco a porta.
Andar livremente pelas ruas com o seu iPhone, sua câmera de última geração e bolsas caríssimas, não  há problema algum nisso.
Ficar parado no sinal vermelho de madrugada, deixar seu carrinho de compras afastado de você enquanto saboreia uma pizza na lanchonete do mercado, entrar no mar e deixar sua carteira e seu celular na areia, não trancar a porta de casa, chegar no meio da noite após o serviço, é uma das coisas que você faz sossegado, sem medo.
Acontece de ser roubado? Sim, quase nunca, mas não é impossível. Se tem algo que você considera de muito valor, naturalmente você vai cuidar para que não seja furtado. Não podemos ser imprudentes também a ponto de PEDIR pra ser roubado. Por exemplo, quando eu vou a praia e deixo os meus pertences na areia, eu escondo a minha carteira e meu celular no meio das toalhas e roupas. É o suficiente porque ninguém vai fuçar as suas coisas. Mas se deixar sua carteira à vista, em cima da sua cadeira de praia, por exemplo, ai qualquer um que passar pode levar.
Eu ainda não tive esse azar e espero continuar assim =)

Vamos falar sobre a qualidade de vida do Japão.
Mesmo sendo apenas um operário, você tem condições de comer em um restaurante duas vezes por semana, comprar roupas de marcas, trocar o seu iPhone todo ano, possuir videogames de última geração, enfim... Você tem condições. E as coisas são baratas. Você pode encontrar jogos do ps4, que foram lançados há pouco tempo, em lojas de usados por apenas ¥980 equivalente a 9,80 dólares.
Mas se você veio para o Japão pra guardar dinheiro, você economiza.

Sobre a igualdade social.
Quem aqui nunca viu uma pessoa toda de social indo trabalhar de bicicleta? Ou alguém com uniforme de fábrica descendo de um carro esportivo caríssimo?
Você é sempre bem recebido independente da roupa que estiver usando.
Come no mesmo restaurante que o seu chefe, seus filhos estudam na mesma escola que os filhos do dono da sua empresa, etc...
Você não sabe dizer quem é rico ou quem é pobre.
Quem tem mais ou quem tem menos.
Não existe favela. Mendigos você pode até encontrar alguns em cidades grandes, mas muito pouco em comparação com o Brasil.
Não tem corrupção.
Ninguém te mede da cabeça aos pés.
Todos são tratados iguais e com muito respeito.
Sempre tem um estrangeiro reclamando do sistema, reclamando dos altos impostos e outras coisas mais. Mas esquecem que a diferença é que aqui você vê o retorno do seu dinheiro.
Ruas limpas e organizadas, segurança, sem precisar enfrentar filas em hospitais, e muito mais que eu já citei ou ainda vou citar.
O governo da muitos benefícios para quem necessita, tanto para os japoneses quanto para os brasileiros.
Cada criança recebe uma ajuda do governo a cada quatro meses.
Mães solteiras, portadores de alguma deficiência, enfim, todos necessitados recebem uma ajuda auxílio.
E tem aqueles que reclamam, que dizem estar pagando imposto pra sustentar vagabundo e esse tipo de coisa.
Se esquecem que um dia podem acabar se encontrando nessa mesma situação.
Ter filhos, filhos com alguma deficiência, ou virar pai ou mãe solteira por conta de um casamento falido, enfim...
Todos estão sujeitos a passar por isso e o povo japonês é consciente e estão sempre ajudando uns aos outros. Eles são extremamente solidários e humanitários.
Se levantam e ajudam os que estão se levantando, se reerguendo.
Ou seja, o imposto pago tem retorno.
Não é roubado, não é desviado.
Todos recebem, todos desfrutam de um país totalmente organizado, limpo e seguro.
Lembrando que quanto maior o seu salário, maior o seu imposto.
Quem recebe pouco, paga menos.
Nada mais justo.

Saúde
A medicina não é lá aquelas coisas mas também não é de toda ruim.
Já o sistema de saúde é excelente.
Não existe aquelas filas enormes em hospitais, pessoas morrendo na espera, ou deixando de ser atendido porque seu seguro de saúde não cobre e você não tem dinheiro.
Os hospitais são organizados.
Todos têm o mesmo seguro de saúde. Só o valor que altera dependendo da sua renda.
Mas não é um absurdo de caro, como muitos gostam de reclamar.
Alguns brasileiros se acostumaram tanto com o Japão, que esquecem como é o Brasil e ficam procurando coisas para reclamar.
No Brasil dependendo você paga muito mais num convênio e ainda não tem todo o retorno e assistência medica como aqui.

Lazer.
Você é solteiro? Aqui você vai encontrar bares e baladas incríveis com gente do mundo inteiro.
Mora no interior e não tem nada disso? Pega um trem e rapidinho você está em outro estado.
Você faz o estilo família?
Milhares de parques de diversão com diferentes temas, muita cultura espalhada pelo Japão inteiro, muitos templos lindo pra você visitar, tem até um castelo de ouro em Kyoto.
Diversos parquinhos pra levar as crianças, muito bem cuidados, limpos e organizados.
Praias limpas e águas cristalinas, pistas de esqui durante o inverno, museus exóticos, aquários enormes e por aí vai.
É só saber o que se encaixa no seu perfil e se divertir!

Os japoneses são muito educados, o povo mais educado que eu já vi na minha vida.
Te agradecem mil vezes se curvando e pedem desculpas por tudo, de uma forma que acabam te deixando sem graça, do tipo: - Okay, não precisa se desculpar. Não foi nada!

Desvantagens em morar no Japão.
Bom, a segurança por ser muito grande, acaba fazendo com que você facilite demais as coisas para as pessoas com má intenção.
Viva sossegado, mas sempre tenha bom senso e cuidado nunca é pouco.
Aqui não tem muitos crimes semelhantes a roubos e esse tipo de coisa, mas tem muitos tarados, pedófilos, essas pessoas com transtornos sexuais.
Por isso, papais e mamães, tomem muito cuidado com os seus filhos.
A taxa desse tipo de criminalidade não é muito alta mas nunca sabemos quem será a próxima vítima.
Não sei se isso chega a ser uma desvantagem, já que nenhum país é completamente seguro.
Independente de onde você estiver, é sempre bom ficar atento.

Geralmente os estrangeiros vêm para o Japão pra trabalhar, juntar dinheiro e ir embora.
Mas muitos, quase a maioria, acabam ficando por aqui. E o que isso acaba resultando?
Rotina desgastante. Alguns trabalham de segunda a sábado, com uma carga horária de 8 a 16 horas.
Geralmente os trabalhos chegam a ser repetitivos, fazendo com que você se torne um robozinho.
Chega do serviço e é sempre a mesma coisa: tomar banho, jantar, cuidar das crianças, arrumar a casa e dormir.
Não tem essa de sentar na calçada ou ficar no portão com os vizinhos e bater um papo, comer um cachorro-quente na esquina, tomar um café da manhã na padaria e se socializar.
Visitar parentes e amigos não é muito frequente.
Fim de semana todos querem ficar em casa e relaxar, aproveitar o único dia de descanso assistindo um filme ou dormindo.
Isso acaba esfriando as pessoas, tornam-se solitarias e deprimidas.
Acabam esquecendo que moram em um país famtastico, lugares maravilhosos pra descobrir e conhecer. Enfim, se isolam.
Compras no mesmo mercado, saindo para os mesmos lugares, porque já conhecem e é mais cômodo, já que a rotina é pesada, a maioria opta pelas mesmas coisas, preferindo economizar tempo para poder descansar.
Tem tanta coisa bem pertinho da gente mas nós estamos sempre cansados pra tudo.
Eu já estou mudando isso, espero que muitos comecem a enxergar e a aproveitar melhor essa oportunidade que todos nós temos.
Se você não tem a intenção de retornar ao Brasil, procure conhecer o Japão melhor, diminuir a carga horária do serviço, interagir mais com os seus colegas de trabalhos e participar das atividades dos seus filhos.
Isso vale pra todo mundo do mundo.
Vamos largar um pouco tudo o que a tecnologia nos proporciona e procurar se reunir mais com a família e amigos. =)

Uma das maiores desvantagens de morar no Japão é não ter muitos amigos.
É quase impossível manter uma amizade por aqui, já que estão todos se mudando pra lá e pra cá, em busca de um serviço melhor, salário alto, ou simplesmente voltando para o Brasil.
Eu tenho sorte de ter a minha familia vivendo aqui e bem pertinho de mim.
Mas muitos chegam aqui sozinhos, ou apenas com o cônjuge e os filhos.
Sofrem com a distância, com a ausência dos irmãos, país, tios, avós e primos e ainda pra ajudar não tem muitos amigos.
Essa é uma desvantagem quando você decide morar em outro país.
A não ser que você não seja muito apegado a sua família e a seus amigos.

Japonês tem a terrível mania de dar uma batidinha na sua porta e já ir entrando. Eles não invadem a sua casa, mas ficam na sapateira, te chamando.
Seja um parente, vizinho ou até mesmo um vendedor.
Eu não me acostumo com isso e por isso mantenho minha porta sempre trancada.
Não é nem por segurança, já que as portas são tão fraquinhas e estão lá só de enfeite, mas para evitar esse tipo de coisa.
Uma vez eu tive que reclamar na prefeitura sobre o comportamento da diretora da creche da minha filha. Ela bateu, abriu a porta e começou a me chamar alto, acordando todos de casa.
Chamaram a atenção dela e depois veio se desculpar e outros professores também se desculparam por ela, dizendo que é um hábito que eles têm mas que os estrangeiros não estão acostumados. E outra vez o síndico do meu prédio abriu a porta porque eu estava passando aspirador e não ouvi a campainha.
E se eu estivesse saindo do banho de toalha, gente?
Então pra previnir e evitar que isso continue acontecendo, eu sempre deixo a minha porta trancandinha.

Well, apesar dos japoneses serem muito educados, muito respeitosos, sempre vai haver preconceito.
Você é brasileiro e está fora do Brasil?
Se prepare, você vai sofrer preconceito.
Mesmo no Brasil entre os brasileiros existe esse tipo de coisa, quem dirá fora do país.

Se você não aprender o idioma japonês, você vai sofrer.
É muito complicado você se sentir um completo analfabeto porque não consegue ler aquelas letras estranhas: os kanjis.
Tudo bem, nem mesmo os japoneses têm conhecimento sobre todos os kanjis.
Mas para evitar complicações e limitar sua vida aqui por conta do idioma, eu sugiro que você aprenda. Isso facilitará na hora de comprar um produto, ou viajar pra qualquer lugar, poder se informar sobre tudo e ficar a par dos acontecimentos em geral.
Eu não sou fluente, entendo o básico, consigo me virar mas eu sinto muito ao procurar algo específico ou na hora de conversar com um japonês.
Estudei inglês e me dediquei porque é um idioma que eu gosto muito e tenho planos de viajar para outros países, mas no Japão falar somente inglês não ajuda muita coisa.
Sem contar que se você quiser se realizar profissionalmente, você vai precisar aprender o idioma.
Essa é uma das desvantagens daqui do Japão.
Muitos não sobem dentro de uma empresa, ficam no mesmo cargo por anos.
As chances são minimas mas não impossiveis.
Tudo vai depender da sua dedicação e do seu esforço.
Mas muitos vivem bem desse jeito.
Eu vou pegar firme esse ano nos estudos =)

Enfim, Japão tem seus problemas e complicações assim como todo país.
Mas a diferença do Brasil e do Japão é: aqui você sofre muito menos injustiças.
O seu dinheiro suado, o que você usa para pagar seus impostos, você tem a certeza absoluta de que está indo para o lugar certo.
E ainda consegue viver bem, comer bem, ter lazer.
Quando você se indignar ou se irritar por sofrer preconceito, lembre-se que no Brasil também sofrerá. Talvez até mais do que aqui.

Essa é a minha opinião.
E um pouco do meu desabafo, já que vejo muitos revoltados sem motivos.
Muitos reclamando a toa. Cada um sabe o que é melhor para si. Tem os que pensam assim como eu e aqui estão vivendo por anos.
E tem aqueles que só sabem reclamar, não aproveitam essa oportunidade que poucos têm e não dão valor, mas também não retornam ao Brasil nem que a vaca tussa.
Engraçado isso, né?
Espero que muitos reflitam sobre tudo isso.
Espero que antes de abrir a boca pra começar a reclamar, lembrar que o país que nos abriu a porta e nos deu essa chance, é o mesmo onde não existe fome, miséria, desigualdade social e tudo o que eu citei.
Óbvio que todos têm o direito de reclamar, de ter a sua própria opinião.
Mas é importante saber enxergar não somente o lado negativo, mas o lado positivo também das coisas. E que isso se aplique a tudo, para todos os momentos da vida e para outras coisas no geral.

Poly Uno -